segunda-feira, abril 30, 2012

Déficit de mim mesma!

Os momentos que recorro à escrita são muito similares. As sensações presentes nestes momentos são bem parecidas: coração apertado e vontade de mudar algumas condições.
Agora não será diferente. O coração apertou, a boca calou e a angústia adentrou. Eis os dias em que o chocolate tem sido o melhor amigo e o frio tem congelado os sorrisos, levando-me a dias superados e não vivenciados.
Infelizmente, sinto-me só. Sem eira, nem beira. E estas são consequências de algumas escolhas, não há como negar.
Somos produto daquilo que escolhemos, que fazemos, do modo que agimos. Sinto agora, a angústia de algumas ausências. Vejo-me pouco completa ou, quem sabe, um tanto vazia. Não sei bem como agir e nem sequer pra onde correr. Tenho vivido sobre esquivas, tenho adiado tantas vivências, postergado sentimentos de felicidade. Agora vejo que é pouco isso tudo. Sinto que é pouco. Vivo o pouco.
Os dias têm se resumido em momentos pouco extasiantes, pouco surreais. Sinto falta da gargalhada profunda, de abraços apertados, de encantamento com novas realidades, de suspiros mais fortes.
Tenho reduzido-me e isso tem gerado preocupação e desconforto.
Algumas coisas já não tenho mais, alguns reforçadores deixei de produzir. Perdi alguns carinhos e reconhecimento, tenho vivido em déficit.
Déficit de mim mesma!
Que estranho, como soa absurdo. Não tenho vivido pra mim, nem escolhido por mim. Os rios têm me levado pra águas geladas e torrentes desconhecidas. Sinto medo do produto final.
Sinto medo sem saber pra onde as águas me levarão... as águas do rio que eu mesma escolhi me banhar.
Tenho receio de não encontrar o mar para em fim, poder descansar na praia.
O túnel parece ter apagado as luzes e eu continuo caminhando, sem ter ao menos a companhia de minha sombra, mas continuo caminhando...
...onde estará o interruptor?


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