quarta-feira, setembro 22, 2010

Efemeridade

Com rápidas palavras é possível se dizer tudo, o que se quer, o que se pensa, o que se sente?
Rápidas palavras como a felicidade e toda euforia..
Rápidas palavras como o sol e o calor paulistano; rápidas palavras como a vontade de se levantar; como seu sorriso; como o Meu sorriso;
como meu bom humor. Rápidas palavras como o meu interesse por você; como minhas certezas; como minha paciência.
Eu quero algo que dure,
que seja tão rápido como apanhar toda a areia da praia.
Detesto o efêmero.

domingo, setembro 12, 2010

Gênese

Há tempos as palavras querem se manifestar; há tempos existe a necessidade de relatar tudo o que vem acontecendo. Como seria o desenrolar de uma vida? Caracterizaria uma reta ou uma senóide? Existem dias que tudo parece tão linear, sem grandes pulsações. E em outros tudo parece oscilar.
A vida é realmente fantástica. E também indecifrável!
Meus dias, atualmente, se encaixam na segunda opção: oscilação completa e perfeita. São tantas surpresas, tantas descobertas, tantas expectativas.. estou realmente me surpreendendo.
Se alguém me pedisse para definir minha vida, faria com apenas uma palavra: perfeita.
Sim, perfeita, mesmo com todo o peso que este significante carrega e à medida que se pode alcançar a perfeição . Vivo dias ensolarados e cheios de novidades.
Meus dias apresentam-se como o embarque em um bonde louco, desvairado.
Tudo vem acontecendo surpreendentemente, mudanças inesperadas. É estranho tudo isso, é como se a vida estivesse começando novamente, outra fase - mais uma fase -, estou engatinhando novamente, como um bebê prestes a alcançar sua primeira independência: o primeiro passo.
Pessoas novas, atividade nova, funções novas. Aprendizados diferente, pensamentos diferentes, atitudes diferentes. É, está tudo mudado! Preciso mudar também; desencadear outro Eu, caracterizando a versatilidade que o ser humano possui.
Pois bem, a vida está mudando e, consequentemente, eu estou mudando. Mas e ao meu redor? As pessoas não mudam, ou sequer propõe mudança. A medida que saio da casca - em um processo de metamorfose -, ao meu redor, preferem calcificar cada vez mais sua capa, como esquiva; fugindo da mudança que poderia se propor.
É estranhamente difícil lidar com a minha mudança perante o outro. E mais difícil ainda é lidar com toda esta felicidade que minha vida vem embalada. Eu não sei lidar com minha felicidade. Por que eu posso ser privilegiada? Há tantas outras pessoas "melhores" que eu, o que será que me aguarda logo ali, mais a frente?
Tantas dúvidas. E preciso melhor dominar meu eu, meus anseios, para enfim melhorar minhas relações com as pessoas. Quem sabe poder aceitar alguém.
Eu quero poder curtir tudo isso que me acontece agora, sem medo de sorrir, gargalhar. Eu quero poder desfrutar com vontade e toda a ousadia que tenho. Estou em um momento radiante, uma gênese necessária na vida de todos. Deixe-me poder desfrutar.
Eu quero poder descansar ao sol, e dançar sob as estrelas. Em paz, sem preocupações e companhia ao meu gosto.



"O medo de amar é o medo de ter
De a todo momento escolher
Com acerto e precisão a melhor
direção"

(B. Guedes/F. Brant)

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A mesma de sempre com inúmeras alterações.