sexta-feira, outubro 29, 2010

Mediocremente humana

São tantas sensações em um curto período. São tantos altos e baixos acontecendo ao mesmo tempo. É, realmente, muito difícil lidar com tudo isso; ainda mais quando se descobre a grande capacidade de falência, fragilidade... limitação.
A necessidade de onipotência, ou simplesmente o fato de querer ser 'ótimo' em tudo o que se faz gera agrande frustração quando nos descobrimos limitados.
E está aí a minha dor. De agora. De hoje.
Quero ser boa filha; boa irmã; boa aluna; boa dançarina; boa profissional; boa amiga; boa companhia; boa ouvinte; boa aconselhadora; boa catequista; (substitua todas as palavras 'boa' por 'ótima' - o desafio parece maior), ou seja, vivo de constante cobranças de mim para comigo. Vivo no limite do 'eu sei' e do 'eu não presto pra nada'. E eu tenho consciência disso. E eu sei que deveria ser diferente. E eu sei que sou falível, sou humana e tenho limitações. Sei de tudo isto, mas não sei qual o primeiro passo para a mudança.
Tenho grande necessidade de reconhecimento, e sua ausência me causa grande tristeza, traz a desconfortável sensação de falência. Em seu livro, As Perguntas da Vida, Fernando Savater trata com maestria a relação social do ser humano: reconhecer-se humano ocorre à medida em que os outros me reconhecem. E é neste contexto que me reconheço essencial e mediocremente humana.. mediocremente dependente do reconhecimento do outro. Preciso primeiro ser para o outro, para enfim ser para eu mesma.

Quem sou eu

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A mesma de sempre com inúmeras alterações.