domingo, abril 03, 2016

Foi assim, assim mesmo

Entre tantas flores e tantos sabores, uma delas murchou. O solo rompeu, se enrijeceu, deixou de prover. Não havia vida, tampouco alegrias, tudo estava a tremer. Havia uma estrela, pequena em grandeza e singela em ferver. Ela estava perdida, em meio a maioria, com medo de ser.
No mesmo enredo eu vivi o medo, mantive segredo e me afoguei. Perdi-me da vida, da minha alegria, do solo de amor. Dormi com o choro, acordei sem consolo, vesti o disfarce e deixei acontecer.
E aconteceu. Foi assim.
Em meio àqueles dias nublados, meio naufragados, eu parei. Mudei o sentido, reverti o ritmo e com ele sambei. Fiz do limão, limonada, recobrei a calma e me reencontrei. Troquei o compasso, busquei o cansaço e o admirei. Ousei as mudanças, colhi a bonança e me aventurei.
Nesta aventura, encontrei a cura, para o meu ser. Ela estava escondida, no pequeno da vida, no pouco que vê. Encontrei no sorriso, no "chêro" expressivo, no abraço a acolher. Na bronca sincera, na risada séria e na acerola a colher.
Também vi na rua, na história a tecer. Estava no entorno, na espera do novo, na mudança a tender.
O meio mudou, me arrebatou, pude me envolver. Troquei minhas lentes, vi diferente e me encontrei com o ser. O ser de um outro foi do que me aproximei, com nuance sutil e coração a mil, me equilibrei.
Não sei como foi, mas foi com um Oi, que me reencontrei.

Quem sou eu

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A mesma de sempre com inúmeras alterações.