quarta-feira, julho 27, 2011

Balanço semestral

Hoje me dei conta de como o tempo está passando rápido, a verdade é que ele está voando!
Acabou o primeiro semestre, minhas férias estão se encaminhando ao fim e logo começará o segundo round anual. Ao longo deste ano vivi experiências deliciosas, algumas já pude compartilhar aqui, algumas outras acabaram passando despercebidas. Caracterizaria este período como um período massificante e enobrecedor. 
Na faculdade me aproximei de matérias encantadoras que demonstram total sentido para mim e para o meu modo de pensar. Houve momentos em que estar ouvindo um mestre que ministrava a aula era algo delirante, enobrecedor.. e devo confessar: não sei o porquê, mas até algumas tímidas lágrimas rolaram. Que tola, eu!
Apesar de todo o prazer sentido diante de todo o aprendizado que agregava, junto a tudo isto estava também o cansaço. A cobrança tornou-se ainda maior e eu, com minha indelicada característica centralizadora, tomei um fardo de responsabilidades sobre as costas. Me desdobrei e inscrevi o melhor de mim em cada atividade solicitada, em cada trabalho penoso e em cada relatório desafiador. O resultado foi bárbaro e constatei que se não houvesse ali, em cada momento, a minha atitude centralizadora não sobrariam grandes resultados. Conclusão egoísta?! Um pouco! Mas pude descobrir que em tempos como estes ou você toma a frente ou o tempo atropela você.. optei por conduzir.
Uma vez solicitaram que eu completasse uma frase, em uma situação de dinâmica de grupo, que dizia o seguinte: "fico feliz toda vez que.." Impulsivamente completei: "aprendo algo" Quando tive que relatar o que havia completado achei a frase um tanto quanto estranha, meio diferente de tudo o que disseram. Mas hoje, escrevendo notei que fui verdadeira quando impulsivamente completei daquela forma a frase, do contrário não derramaria sequer uma lágrima ao ouvir conteúdos de aula, ou não saltaria montanhas diante dos elogios de um mestre. Pois é, eu AMO aprender! E estou adorando cada conteúdo exposto e mergulhando neste universo que escolhi: Psicologia.
Paralelo às descobertas letivas obtive também um grande crescimento nas atividades desempenhadas por mim na área profissional. Pude estabelecer uma ponte mais sólida entre a teoria e a prática, agregando um olhar crítico e observador. Assim, pude discriminar situações e aprender com o que cada uma delas me propunha. Me posicionei de maneiras diferentes alternando momentos em que eu deveria ser aprendiz e momentos em que eu poderia colaborar com um olhar diferenciado.. e que gratificante é isso, compartilhar o que sabemos! Estabeleci um vínculo maior com as crianças e desenvolvi maiores habilidades para trabalhar com elas -  e para elas - e posso ver, agora, um trabalho mais rico com potencial para agregar novos aprendizados. Agora posso afirmar com propriedade como é delicioso trabalhar com os pequeninos, poder facilitar o conhecimento e torná-los mais propenso ao crescimento, é algo inexplicável.
Em relação a minha condição de catequista, devo dizer que não tenho esforçado-me suficientemente o quanto deveria, porém tenho conseguido na maioria das vezes estreitar os laços entre o que aprendo em sala de aula e o que proponho a eles, aos domingos. Soa meio estranho falar de Psicologia, mesmo de modo bem raso, com jovens que acham tudo pouco importante e desnecessário. Mas sei que fará diferença tudo isso, logo, logo! Para o próximo semestre pretendo explanar meu olhar sobre o aprendizado deles e tentar ao máximo facilitar e tornar significante cada momento.
Na dança posso dizer que tenho evoluído e aumentado minha experiência. Vivi um delicioso momento há pouco, que foi a minha primeira aula, não é segredo a minha paixão por ensinar, mas este foi um desfio que se tornará maior logo mais. Devo dizer que não tenho estado satisfeita com meu rendimento, tenho esbarrado com algumas limitações que tem me desmotivado um pouco, mas espero ansiosamente superá-las. Apesar dos elogios que ouço, e que vêm de forma espontânea sei que é incompatível com que espero de mim. Preciso melhorar, mas esbarro com tantas opções que fiz e com as contingências que devo seguir, mas não posso dificultar, devo sempre procurar simplificar.. eis o desafio!
Minhas férias, apesar de inicialmente ter sido planejada, não fui fiel ao que planejei... mas foram deliciosas! Pude sentir mais próximo de mim o amor que sinto pela minha família e por quem a compõe. E é muito importante eu dizer: tenho sentido cada vez mais a necessidade de estar perto de cada um deles - pais, irmãos - e compartilhar com eles a transformação do meu Eu; meu crescimento. E quão positiva tem sido esta experiência, é como tornar mais leve o fardo do dia-a-dia e a pressão que sofremos de todos os lados. Edifica e vivifica... torna mais perto os meus, estreita laços.
Devo dizer que senti saudades da loucura diária, das aulas, das descobertas e de compartilhar meus dias com tantas pessoas que não vi durante este mês, estou ansiosa para o segundo semestre, mas sei que será mais pesado que este que se passou, mas adoro desafios! Devo dizer também que os dias passaram rápido e logo tudo reiniciará, mas foi de grande valia o sono debitado, o descanso e o reencontro com amigas antigas. Coisas assim só se faz em época de férias, mesmo.
Olhando para trás vejo um semestre grandiosamente positivo, próspero e semeador de boas ideias, condutas e experiência.
Posso querer algo melhor?
Sim! Quero um segundo semestre esplêndido, cheio de luz e novas descobertas. Adoro a sensação de engatinhar e em seguida constatar que aprendi a dar os primeiros passos..

Eis a vida,
avante!





PS.: É importante lembrar que com tudo isso, todo este trajeto percorrido me dei conta de que faltou espaço para um cafuné em minha cabeça. Ou melhor, faltou espaço para que houvesse alguém para um cafuné. Eis a dama de ferro...

domingo, julho 03, 2011

É preciso tentar!

E hoje após longos dias sem nenhuma produção, sem tempo e cansada para qualquer inspiração, estou aqui partindo de uma inspiração exterior, uma sugestão. A responsabilidade parece ainda maior quando há uma expectativa acerca do tema, mas "tentarei".
Inclusive, a temática de hoje é essa: tentar!
Há um tempo venho observando minhas atitudes e tenho notado grande discrepância entre o que proponho, o que aconselho e o que pratico. É bastante fácil apontar aos outros a necessidade de encarar o que se quer e investir nisso, daí emitimos a famosa frase: "É preciso tentar!".
Pois é, bastante fácil falar. E fazer? Aí está o desafio!
E analisando-me, como falei, vejo que neste quesito venho falhando. Desde sempre. Ao mesmo tempo em que apresento uma estrutura rígida, perspicaz, guerreira e determinada tenho em mim grandes medos e incertezas. É como um paradoxo, mas sou assim. À medida que tenho grande propulsão a lutar pelo que quero, tenho proporcionalmente, grande covardia em outros quesitos. E prefiro nem citá-los!
Por isso, acredito no grande mistério que cada ser humano carrega. Há muitas mais facetas além do que se apresenta. A verdade, por vezes, constitui-se de um grande contrário do que observamos e eu me julgo uma verdade oculta. Nem tudo o que se vê é o que realmente se é. Mas está aí o grande segredo da Psicologia: ir além do que se pode ver. Além de palavras, além de comportamentos observáveis, além preconceitos, crenças e opiniões. É preciso enxergar mais e pensar como o outro pensaria. Que desafio!
E neste sentido, venho utilizando disto ao comparar o que digo e o que faço. Soa muito fácil e me parece totalmente lógico agir de acordo com nossas vontades, porém, a assertividade tem passado um pouco longe dos meus comportamentos. E por quê?
Porque tenho conservas que ainda não me permitem ser totalmente assertiva. Existem eventos influenciadores que se tornam grandes condições coercitivas que tem total controle sobre mim. Renego minhas vontades de gritar, quando critico o grito de alguém, assim me escondo em meu próprio eu tornando-me de mais difícil acesso, quando na verdade o simples é o que me atrai. Seria tudo mais fácil se fôssemos menos controlados, menos vistos, menos notados... teríamos um livre cursar do próprio Eu. Que maravilha! E que utopia... Mas acredito que tudo passará, assim como tudo sempre passa. Como dizem em um verso de uma música: "Nada nesta vida é pra sempre até que prove o contrário..." me apego nisto, e procuro mudança até que enfim, eu possa realmente tentar tudo o que desejo, na medida em que posso realizar.Mas, propriamente, tentar.
Me entregar.
Me permitir.
E me deixar encantar.
Por isso, me olhe sempre com um olhar que penetre águas mais profundas: sou um mar aberto.








E você, tem tentado?

Quem sou eu

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A mesma de sempre com inúmeras alterações.