quarta-feira, novembro 16, 2011

Coberta de mel

Não sei bem o que escrever e nem sei bem o que é isso que estou sentindo. Mas na verdade não podia deixar de retratar a estranha sensação que tenho em mim hoje.
Senti um vazio enorme em mim, era a sensação de estar perdendo tantas coisas. Perdendo tempo de ocupar aquilo que chamam, por aí, de coração. Ele me pareceu tão solitário hoje. O dia estava frio e por isso ele me pareceu ainda mais encolhido.
Comecei a pensar na capacidade de algumas pessoas de se entregar e viver realmente um amor, mesmo que efêmero, mesmo que por algumas horas, algumas semanas ou, quem sabe, alguns meses. Admirei-as, com uma ponta de inveja. E pude sentir minha covardia.
Covardia de não permitir que alguém se integrasse à minha vida e me ajudasse a fazer dela ainda mais colorida. Covardia de não deixar minha cara à tapa para poder ser feliz ou poder me frustrar.
Não sei bem se o que estou falando tem sentido realmente, pois minhas escolhas são pautadas no que realmente quero pra mim, durante cada fase. E esta foi minha escolha!
Acredito que tudo isso tenha sido uma situação passageira. A falta de um 'bom dia' carinhoso, de um 'boa noite' amável, de um abraço acalentador. Quem sabe sentir aquela sensação de borboletas no estômago...
Meus pensamentos estavam divididos entre as questões da avaliação semestral e minha inconstância. Aquela figura em minha frente, roendo as unhas, deixou-me ainda mais aflita, era como estivéssemos sentindo os mesmos medos.
ééé...
Como visto, hoje a dama de ferro está coberta de mel.
Já tomei um banho, espero estar menos doce.

domingo, novembro 13, 2011

Bom ou mau, ajuda a viver

Estava pensando, durante este tempo que fiquei longe das palavras, no que seria relevante escrever. Assim, pude olhar pra mim mesma, olhar para tudo o que tem acontecido e o que tem me feito pensar. Descobri, então, como adotei para este ano e, consequentemente, para minha vida, algo que me impulsionasse. Foi necessário, mesmo que sem consciência, adotar algo que fizesse meus dias passarem mais rápido e fossem menos cansativos; visando sempre àquele momento de tranquilidade, de coração acelerado, de encantamento.
E chegado aos últimos suspiros deste ano, notei como isso tudo me ajudou. Me ajudou a descobrir algo que me identifiquei, me ajudou a sorrir de mim mesma, bem como ajudou aos outros sorrirem de mim.
E descobri também, que seja a idade que for, estamos sempre sujeitos a voltar àquela criança apaixonada por amores platônicos.
Mas agora, estes amores têm outras funções. Não sei se boas, não sei se ruins. Sei que ajudam a viver!
Ah, e como ajudam!
As palpitações no coração me serviram de impulso para caminhar, para continuar e seguir em frente. As palavras reforçadoras me ajudaram a enxergar que existem qualidades em mim que ainda devo reconhecer. E mais que isso, despertou um potencial que muito deve ser lapidado.
Cada sorriso por acontecimentos mínimos, cada minuto pensando em coisas impalpáveis, cada estratégia impraticável... Como isso tudo me fez bem!
De certa forma, e da forma mais louca possível, devo dizer que a fantasia substituiu o calor de um cafuné verdadeiro, acalentou um coração aflito e abraçou meu cansaço.
Me ajudou, me motivou, me impulsionou e me tranquilizou... e por isso, sei que não é loucura.  Reconheço apenas a transparência de ser quem sou, vejo a beleza de me permitir sentir o que realmente eu sinto, mesmo que aos olhos dos outros pareça o mais insano possível.
E pra tudo isso visualizo diferentes rumos. A concretização. A frustração ligada à transformação. E a sublimação.
A concretização implicará em uma luta grandiosa.
A frustração será, com toda a certeza, superada.  Afinal, estou aqui aprendendo a cada dia como lidar com elas. A transformação virá da descoberta de que existem outras coisa que me agradam.
E a sublimação será o passar da tempo, será a água sobre o fogo e a fumaça se disseminando.
E assim, busco a cada dia, motivos para sorrir, motivos para caminhar, fantasias para me encantar.
Vivencio agora meu conto de fadas. Que além de romantizado é platônico!

Mas eu sei, e como eu sei: bom ou mau, ajuda a viver.. isso que me importa!

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A mesma de sempre com inúmeras alterações.