Esqueço do que sou e de olhar pra mim mesma, meu eu minha história, meu próprio ambiente.
É quando chega no extremo, - quando soa o aviso: 'memória cheia'- que decidimos optar por nós mesmos.
Sinto neste momento a mistura de todos os sabores e dissabores. Compartilho a construção e a captação de grandes conhecimentos; experiencio grandes momentos e oportunidades. Porém, sofro da vontade e ânsia de querer abstrair tudo da melhor forma e da maneira mais rápida. Preciso tirar o pé do acelerador ou mais tarde vou colidir comigo mesma.
Tudo se torna ainda pior quando encontro,em mim mesma e no que me rodeia, reforços negativos de todos os lados que apunhalam a vontade e a coragem de encarar tantas coisas.
Opto por ignorar. Opto pela alienação de coisas que possivelmente tornariam ainda mais difícil o modo de agir e pensar. Mascaro meu eu, de maneira cruel e covarde, sem propiciar-me verdades que fazem parte do meu constructo.
É interessante o modo como nos defendemos de nós mesmo; como me defendo de mim: sem coragem e bravura.
Minha vida, minha história, tem papéis e detalhes que eu mesma desconheço. Tenho influências que nem sei que me influenciam.
Tenho medos.
Tenho lágrimas.
Tenho inquietações.
Tenho desejos.
E tenho alienações.
Na verdade eu tenho um Eu.